Clarice Lispector enquadra-se dentro do Modernismo brasileiro. No entanto sua obra rompe com o estilo de se escrever romance até então, contrasta com a prosa da segunda geração moderna, que era voltada ao regionalismo, à denuncia ao questões dos sertanejos, valendo-se de linguagem simples e acessível.
A autora escreveu muitos contos com estilo inusitado, textos profundos, de difícil entendimento, pois se desprende da narrativa referencial, ligada aos fatos e acontecimentos e volta-se para uma narrativa interiorizada, existencialista, centrada num momento de vivência interior das personagens.
Sua literatura é um ambíguo espelho da mente, registrado através do fluxo da consciência, que indefine as fronteiras entre a voz do narrador e a das personagens. (Campedelli e Abdala Jr.)
O fluxo de consciência é um sistema utilizado na narrativa para apresentar aspectos psicológicos das personagens.
A maioria das personagens de Clarice Lispector é mulher. Existem questionamentos a respeito do papel da mulher dentro da sociedade, tornando-se assim uma obra reflexiva, gerando uma tendência à introspecção. O amor, o casamento, a relação homem e mulher são questões tomadas pela autora que leva o leitor a refletir e pensar a respeito, “sua preocupação é desvendar a verdade subjacente em cada um, mascarada pela casca da rotina”.( Marques Filho)
Para comprovar essas características existencialistas das narrativas de Clarice Lispector, será analisado o conto Uma história de tanto amor. Serão enfatizados na análise os questionamentos a respeito do amor, do papel do homem e da mulher numa relação amorosa.
Disponibilizamos no blog uma entrevista de Clarice Lispector ao Programa Panorama Especial da TV Cultura | Última Entrevista de Clarice Lispector para a Televisão em 1/2/77.
Nós os Livres Estudantes pesquisamos uma forma de trazer mais um pouquinho desta esplendida artista para o nosso mural, e conseguimos links para que você nosso acessante possa conferir algumas das obras de Clarice Lispector.
Livro A Maçã no Escuro:
http://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2010/08/amacanoescuro.pdf
Livro A Paixão Segundo G.H:
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."


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