quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Arquitetura Modernista Brasileira



As velhas formas e os velhos sistemas já fizeram sua época. É mister que o artista crie alguma coisa de novo e que consiga maior fusão entre o que é estrutura e o que é decoração; para conseguir isto o artista deve ser também técnico; Para conseguir isto o artista deve ser também técnico; ma só mente inventiva e não mais o trabalho combinado do artista que projeta e do técnico que executa. Rino Levi 

No mundo o Movimento Moderno foi “liderado”por arquitetos como Vies Van Der Rohe, Frank Loyd Right, Oscar Niemeyer e o Suiço Charles-Edouard Jaenneret-Gris, mais conhecido como Le Corbusier. Este último desenvolveu uma teoria acerca do modernismo, na qual se destacam os 5 pontos da arquitetura modera, chadados de 5 pontos de Le Corbusier. São eles: 1) Pilotis; 2) Terraço Jardim; 3) Planta livre; 4) Janela em fita; e 5) Fachada livre.  Alguns desses 5 pontos são claramente notados no Ministério da Educação, um edifício projetado por Lucio Costa com a consultoria de Le Corbusier ( ajudado por uma equipe de profissionais como Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Afonso Reidy, Ernani Vasconcellos, Jorge Machado Moreira, Burle Marx e Portinari ) no Rio de Janeiro.      
Edifício Gustavo Capanema - Antigo Ministério da Educação - RJ, 1936
          Projetado por uma equipe de arquitetos composta por lucio costa, Carlos leão, Oscar niemeyer, afoonso Eduardo reidy, Ernani Vasconcellos e Jorge machado moreria sob consultoria de Le corbusier. Construido em 1936 ele é considerado marco da arquitetura moderna brasileira. O edifício segue as recomendações de Le corbusier: o uso de pilotis – com o conceito de permeabilidade dos pedestres no térreo, a vedação do edifício é feita por cortinas de vidro, sendo utilizado brise-soleil – horizontais e verticais – para evitar a incidência direta de radiação solar na fachada norte, fachada-livre, planta-livre e o terraço-jardim. 

A idéia principal que o edifício passa é a leveza , além da imponência e da inovação dos materiais utilizados. 
Indicação:

Terceira Geração Modernista




Os autores que integraram a Geração de 45, entre eles Péricles Eugênio da Silva Ramos (1919-1992), Domingos Carvalho da Silva e Lêdo Ivo (1924- ), são também conhecidos como neomodernistas, e apresentam como traço comum a busca de um maior rigor na elaboração poética. Devido a essa preocupação, foram chamados de "neoparnasianos" por seus opositores. Ainda que retomem certos princípios característicos do Parnasianismo, e mesmo do Simbolismo, todos esses autores se filiam ao movimento modernista - inclusive João Cabral de Melo Neto, que se incluía entre a Geração de 45 mas que, segundo os críticos, não pode ser enquadrado em grupo nenhum, tamanha a originalidade de sua obra.

No campo temático, os autores da Geração de 45 manifestaram preferência pela poesia existencial e social. O poema Com a Poesia no Cais, de Domingos Carvalho da Silva, ilustra o compromisso social e a postura crítica diante da realidade que caracterizam os autores do período, e que alcançam alto grau de expressividade em Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Villa-Lobos



Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5 de março de 1887 – Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1959) foi um maestro e compositor brasileiro.
Destaca-se por ter sido o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, sendo considerado o maior expoente da música do modernismo no Brasil, compondo obras que contém nuances das culturas regionais brasileiras, com os elementos das canções populares e indígenas.
                                    

 Músicas:


•Bachianas Brasileiras No. 5
http://www.vagalume.com.br/heitor-villa-lobos/bachianas-brasileiras-no-5.html

•Hino á Santo Agostinho
http://www.vagalume.com.br/heitor-villa-lobos/hino-a-santo-agostinho.html

Estilo:

É possível encontrar na obra de Villa-Lobos preferências por alguns recursos estilísticos: combinações inusitadas de instrumentos, arcadas bem puxadas nas cordas, uso de percussão popular e imitação do cantos de pássaros. O maestro não defendeu nem se enquadrou em nenhum movimento, e continuou por muito tempo desconhecido do público no Brasil e atacado pelos críticos, dentre os quais Oscar Guanabarino Também se encontra em sua obra uma forte presença de referências a temas do folclore brasileiro.

Semana de Arte Moderna





                                                            (Teatro Municipal - SP)

A Semana de Arte Moderna realizou-se no Teatro Municipal de São Paulo nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. A conferência de Graça Aranha intitulada "A emoção estética da arte moderna" abriu o evento. Houve ainda palestras, conferências e discursos de escritores como Ronald de Carvalho, Menotti Del Picchia, Mário de Andrade e Oswaldo de Andrade.

Entre os pintores que participaram da Semana estavam Anita Malfatti, Di Cavalcante, Vicente do Rego Monteiro, Oswaldo Goeldi, John Graz, Zina Aita, Inácio da Costa Ferreira, João Fernando de Almeida Prado, Antônio Paim Vieira e Alberto Martins Ribeiro. Tomaram parte também os escultores Victor Brecheret, Wilhelm Haerberg e Hildergardo Leão Veloso, e os arquitetos Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel.

Os músicos modernistas que participaram da Semana foram Villa Lobos, Guiomar Novaes, Ernani Braga, Frutuoso Viana, Paulina D'Ambrosio, Lucília Villa-Lobos, Alfredo Corazza, Pedro Vieira, Antão Soares, Orlando Frederico e outros coadjuvantes. A dança teve a contribuição de Yvonne Daumierie.



(Artistas Modernistas de 1922)

                                     (Catálogo Ilustrado da Semana de Arte Moderna de 1922)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Clarice Lispector



Clarice Lispector enquadra-se dentro do Modernismo brasileiro. No entanto sua obra rompe com o estilo de se escrever romance até então, contrasta com a prosa da segunda geração moderna, que era voltada ao regionalismo, à denuncia ao questões dos sertanejos, valendo-se de linguagem simples e acessível.
A autora escreveu muitos contos com estilo inusitado, textos profundos, de difícil entendimento, pois se desprende da narrativa referencial, ligada aos fatos e acontecimentos e volta-se para uma narrativa interiorizada, existencialista, centrada num momento de vivência interior das personagens. 
Sua literatura é um ambíguo espelho da mente, registrado através do fluxo da consciência, que indefine as fronteiras entre a voz do narrador e a das personagens. (Campedelli e Abdala Jr.) 
O fluxo de consciência é um sistema utilizado na narrativa para apresentar aspectos psicológicos das personagens.
A maioria das personagens de Clarice Lispector é mulher. Existem questionamentos a respeito do papel da mulher dentro da sociedade, tornando-se assim uma obra reflexiva, gerando uma tendência à introspecção. O amor, o casamento, a relação homem e mulher são questões tomadas pela autora que leva o leitor a refletir e pensar a respeito, “sua preocupação é desvendar a verdade subjacente em cada um, mascarada pela casca da rotina”.( Marques Filho)
Para comprovar essas características existencialistas das narrativas de Clarice Lispector, será analisado o conto Uma história de tanto amor. Serão enfatizados na análise os questionamentos a respeito do amor, do papel do homem e da mulher numa relação amorosa.

Disponibilizamos no blog uma entrevista de Clarice Lispector ao Programa Panorama Especial da TV Cultura | Última Entrevista de Clarice Lispector para a Televisão em 1/2/77.






Nós os Livres Estudantes pesquisamos uma forma de trazer mais um pouquinho desta esplendida artista para o nosso mural, e conseguimos links para que você nosso acessante possa conferir algumas das obras de Clarice Lispector.

Livro A Maçã no Escuro:
              http://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2010/08/amacanoescuro.pdf
                                                             
                                                          Livro A Paixão Segundo G.H:


"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."

Modernismo no Brasil

Modernismo no Brasil


O modernismo foi um movimento literário e artístico do início do séc. XX, cujo objetivo era o rompimento com o tradicionalismo (parnasianismo, simbolismo  e a arte acadêmica), a libertação estética, a experimentação constante e, principalmente, a independência cultural do país. Apesar da força do movimento literário a base deste movimento se encontra nas artes plásticas, com destaque para a pintura.

No Brasil, este movimento possui como marco simbólico a Semana de Arte Moderna, realizada em 1922, na cidade de São Paulo, devido ao Centenário da Independência. No entanto, devemos lembrar que o modernismo já se mostrava presente muito antes do movimento de 1922. As primeiras mudanças na cultura brasileira que tenderam para o modernismo datam de 1913 com as obras do pintor Lasar Segall; e no ano de 1917, a pintora Anita Malfatti, recém-chegada da Europa, provoca uma renovação artística com a exposição de seus quadros. A este período chamamos de Pre Modernismo(1902-1922), no qual se destacam literariamente, Lima Barreto, Euclides da Cunha, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos; nesse período ainda podemos notar certa influência de movimentos anteriores como realismo/naturalismo, parnasianismo e simbolismo.






 
(Pinturas de Lasar Segall)


(Lasar Segall em 1905)


(A estudante - Anitta Malfatti)

(Tropical -Anitta Malfatti)



(Anitta Malfatti ,1889 - 1964)

(Euclides da Cunha)

Disponibilizamos no blog um link para fácil acesse ao aclamado romance de Euclides da Cunha, "Os Sertões". Boa leitura, divirta-se com a literatura modernista.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Modernismo - Segunda Geração (1930 - 1940)


Candido Portinari, Retirantes (1944) - Segunda Geração.

         Os romances da segunda geração, eram voltados principalmente para as causas sociais, exercendo um papel de denúncia e crítica social. Nessa época, a região da seca nordestina estava muito visada e, por isso, tornou-se um tema bastante corriqueiro nas obras. Por conta desse papel social, alguns especialistas consideram essa fase como “neorrealista”, já que resgata ideais consagrados pelos romances de Machado de Assis, como, por exemplo, o condicionamento do caráter humano pelo meio em que ele vive.